Rússia lança centenas drones contra Ucrânia em meio a negociações de paz mediadas pelos EUA
07/12/2025
(Foto: Reprodução) Rússia lança mais de 700 drones e mísseis contra a Ucrânia em meio às negociações de paz
A Rússia lançou centenas de drones contra a Ucrânia em meio às negociações de paz lideradas pelos Estados Unidos.
Foi uma madrugada de intensos bombardeios. Um ataque coordenado disparou mais de 700 mísseis e drones, e atingiu várias cidades ucranianas.
Houve explosões, incêndios e apagões em áreas residenciais, e moradores precisaram sair de casa. Muitos buscaram abrigo nas estações de metrô.
Perto da capital Kiev, a ofensiva atingiu um terminal de trem. O sistema de alerta avisou quem estava na estação, por isso não houve vítimas.Mas vagões, trilhos e plataformas ficaram destruídos.
Por causa dos ataques, a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, ficou sem energia. O blackout preocupou as autoridades porque a usina precisa de eletricidade para resfriar o material radioativo e impedir um desastre nuclear.
O fornecimento foi retomado depois de meia hora e não houve variações no nível de radiação.
Cansada de quase quatro anos de guerra, Olena diz que não se pode barganhar com os russos:
“Se a Ucrânia cair, eles vão querer algo mais. Estamos carregando o mundo todo nas costas", diz a moradora.
A Ucrânia acusa a Rússia de intensificar os ataques no campo de batalha no momento em que as negociações para encerrar a guerra ganharam impulso com o plano de paz apresentado pelos Estados Unidos.
Pelo terceiro dia seguido, representantes de Estados Unidos e Ucrânia se reuniram na Flórida para tentar chegar a um acordo.
O secretário de Segurança Nacional, Rustem Umerov, representou os ucranianos. Do lado americano, participaram o principal negociador de paz da Casa Branca, Steve Witkoff, e o genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner. Os dois lideraram negociações que levaram a um cessar-fogo no Oriente Médio.
Na Flórida, a expectativa do encontro era de que os americanos relatassem os detalhes da reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, esta semana, em Moscou.
À tarde, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que falou por telefone com os americanos.
Disse que teve uma conversa longa, substancial e construtiva. Que eles concordaram com os próximos passos e em continuar o diálogo.
A delegação ucraniana agora vai voltar a Kiev para relatar a Zelensky o que foi discutido na Flórida.
Apesar do tom positivo, nem a Casa Branca, nem o governo da Ucrânia deram detalhes sobre o que pode ter avançado.
Até agora, os principais impasses dizem respeito ao futuro dos territórios invadidos e ocupados pela Rússia.
Nesta semana, Vladimir Putin exigiu o controle da região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Ele declarou que, se os ucranianos não saírem de lá, os russos vão tomar o território à força. A Rússia já controla 85% de Donbass.
Outro tema sensível é a participação dos Estados Unidos e da Europa na defesa da Ucrânia. Os ucranianos querem garantias de segurança para impedir que os russos voltem a atacá-los no futuro.
Na segunda-feira, Zelensky vai a Londres se encontrar com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e da Alemanha, Friedrich Merz, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.
A Europa que um acordo com muitas concessões à Rússia possa pôr em risco todo o continente.
Rússia lança centenas drones contra Ucrânia em meio a negociações de paz mediadas pelos EUA
Jornal Nacional
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